Perder o grande amigo canino é umas das piores sensações. E quando a morte do cão chega, o tutor tem que decidir o que fazer com o corpinho do animal. Enterrar ou cremar são as duas opções mais comuns.
Mas afinal, qual o mais indicado: enterrar ou cremar o cão? De acordo com diretora do Memorial Pet em Fortaleza, Raissa Feitosa, a cremação é o procedimento mais apropriado tanto para a questão ambiental como sanitária.
Procedimento mais indicado para o cão: enterrar ou cremar?
“A cremação é a forma mais indicada, pois além de proporcionar um adeus digno ao animalzinho, não agride o meio ambiente evitando problemas sanitários e ambientais (transmissão de doenças)”, explica Raisa Feitosa.
Segundo a diretora do Memorial Pet, ao ser enterrado, o corpo do cão pode contaminar o solo e os lençóis freáticos. Essa contaminação ocorre tanto devido a causa da morte como também em consequência do próprio processo de decomposição do corpo.
A deterioração do corpo gera, naturalmente, uma substância tóxica conhecida por necrochorume. “Qualquer corpo enterrado já contaminará o solo e possivelmente os lençóis freáticos, além de contaminar as plantas, hortas e tudo que estiver plantado na região, podendo trazer doenças para outros animais e humanos”, esclarece Raissa.
Já quando o corpo é cremado, não há a contaminação do solo. Em alguns casos, nem mesmo a fumaça o crematório libera. Desta forma, esse processo não traz malefícios ao meio ambiente.
Veja também: Cemitério para cães
Os valores da cremação variam de acordo com o estabelecimento que oferece esse serviço. Na Memorial Pet, por exemplo, há planos preventivos a partir de R$ 30 ou o valor integral de R$1.200.
Benefícios da cremação
Os benefícios do processo de cremação não são apenas ambientais e sanitários. Muitas empresas oferecem serviços extras para os tutores que resolveram cremar o corpo dos animais após a morte.
No caso do Memorial Pet, o tutor tem a opção de guardar as cinzas em urnas especiais. “Também existem as Bio Urnas, onde as cinzas podem ser enterradas juntamente com sementes de plantas ou flores, perpetuando a vida do pet”, indica a diretora da instituição.
Além disso, as empresas podem ajudar em todo o processo. Como esse período é muito triste para o tutor, as instituições acabam cuidando de todos os detalhes. Algumas podem ainda dar auxílio psicológico para o dono.
“Além de termos uma equipe bem preparada para auxiliar as famílias no que for preciso, nosso espaço oferece todo o conforto para recebê-los. Oferecemos também o serviço de velório onde a família pode se despedir de forma carinhosa do seu animalzinho”, ressalta Raissa Feitosa.
Cremação gratuita
Em algumas cidades do Brasil há a opção de fazer a cremação dos cães de forma gratuita. Um exemplo disso é o Rio de Janeiro.
De acordo com o site da Prefeitura do Rio de Janeiro, o tutor pode contar com o serviço de sepultamento e cremação de pequenos animais na Capital Carioca.
Através do Instituto de Diagnóstico, Vigilância, Fiscalização Sanitária e Medicina Veterinária Jorge Vaitsman (IJV), os tutores podem cremar os animais de forma coletiva.
No site do órgão público, a cremação coletiva e sepultamentos podem ser feitas de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h30 e das 13h às 16h30. Além disso, nos sábados das 8h às 11h30. Feriados e pontos facultativos são exceções. Entretanto, não há a possibilidade de levar as cinzas do animal para casa.
Além dessa possibilidade, cães também podem ser cremados por meio de universidades públicas que possuem hospital veterinário. Um exemplo disso é a Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), com sede em Recife, que faz esse procedimento gratuitamente.
Veja também: Guarda municipal faz homenagem emocionante para cão policial
Alternativa: oferecer o animal para estudos
Uma outra possibilidade é oferecer o animal para universidades de medicina veterinária para estudos. Dependendo do motivo da morte do cão, estudiosos podem intensificar pesquisas com o animal.
Por exemplo, doenças consideradas zoonoses são as mais buscadas pelos pesquisadores, como leishmaniose ou raiva. Assim, o tutor consegue dar um propósito para a morte do cãozinho, uma vez que ele servirá para estudos e possíveis descobertas sobre esses graves problemas de saúde.