Saiba o que fazer na ocorrência de convulsões nos cães

Convulsões são episódios decorrentes de um dano no cérebro que provoca um curto-circuito na atividade elétrica normal dos nervos, levando o animal à perda do controle do corpo. Este problema têm um aspecto assustador, mas ao contrário do que muitos pensam, o cachorro que apresenta a convulsão não sente dor. Normalmente, levam de segundos a cinco minutos de duração, e se algum caso ultrapassa esse tempo diz-se que o animal está em estado epilético.

Além da epilepsia – doença crônica e caracterizada pelos ataques epiléticos recorrentes -, outros fatores também podem explicar as convulsões. Um acidente de carro, um trauma ou pancada na cabeça, a baixa taxa de açúcar ou de cálcio no sangue, o consumo de venenos ou produtos tóxicos e problemas renais ou hepáticos são alguns dos exemplos. As complicações de determinadas doenças também podem provocar ataques epiléticos, como a babésia e a erliquiose, popularmente conhecidas como as doenças do carrapato, e a cinomose, que quando está avançada pode afetar o sistema nervoso do pet.

Os tipos de convulsão

Mesmo sendo uma cena desesperadora, a convulsão tem diferentes níveis e, por isso, é dividida em dois tipos: generalizada e a parcial. No primeiro tipo, todo o corpo do animal fica em descontrole e essa é a mais desesperadora para quem assiste. O animal cai no chão, geralmente de lado, coloca a cabeça para trás e as pernas ficam fazendo movimentos alternados. Salivação excessiva e a boca cerrada são aspectos posteriores. E o cão pode urinar e defecar involuntariamente.

Ainda sobre este tipo de convulsão, ele é divido em três momentos. A fase pré-ictal, em que o animal muda de comportamento, ficando ansioso, com tremedeiras e bastante salivação. Seguida da fase ictal, que consiste no momento exato da crise epilética. E, por fim, a fase pós-ictal, quando o pet fica desorientado, pode apresentar fraqueza nas patas, confuso e ainda pode ficar com a visão conturbada.

Já na convulsão parcial, o segundo tipo desse problema, o cachorro apresenta um descontrole somente em uma região do corpo. Assemelhando-se a um tique, que passa a afetar todo o corpo do animal. Essa condição é mais rara que a primeira.

Saiba o que fazer na ocorrência de convulsões nos cães

Foto: Pixabay

As causas da convulsão

Como já foi dito, há vários motivos que podem desencadear uma crise convulsiva. Os mais simples são pela baixa taxa de açúcar ou de cálcio no sangue, que podem ser revertidas com uma alimentação mais saudável e completa. Traumas na região da cabeça também podem ser explicações para a convulsão, bem como um acidente em fios elétricos e a ingestão de venenos ou de produtos tóxicos. Animais que têm mais de seis anos e apresenta um episódio convulsivo pode ter grandes riscos de ter um tumor no cérebro.

Além disso, animais epiléticos têm convulsões com frequência. A epilepsia é uma doença que pode ser hereditária ou adquirida. Quando um cão tem esse problema desde do nascimento, mas que só se manifestou depois dos seis meses, a castração é a melhor opção para evitar que seus filhos também possam desenvolvê-la. Sustos e acidentes podem provocar um trauma no animal e isso pode facilitar o desenvolvimento da epilepsia.

Porém, animais epiléticos podem viver normalmente e terem uma vida feliz. Basta apenas, que o tutor cumpra com suas responsabilidades e medique o animal de acordo com as instruções do médico veterinário. Além de levar o pet sempre que necessário para o especialista, pois medicamentos anticonvulsivantes podem aumentar o peso e gerar problemas nos rins do paciente.

Como agir em casos de convulsão?

Não há muito o que se fazer em casos de convulsões, pois não tem como impedir esse processo quando ele se inicia. Porém, algumas medidas são tomadas para manter a segurança do pet durante um episódio do problema. Por exemplo, se no momento da crise o animal está em um local perigoso, próximo a objetos em falso ou batendo a cabeça, você deve, com cuidado, mover o cão desse lugar e levá-lo para um mais seguro.

Outra importante dica é manter o cão em um ambiente frio no momento da convulsão. Isso se deve ao fato de que uma crise convulsiva queima muita caloria e superaquece o corpo do animal. Além disso, você diminuir todos os estímulos sensoriais do pet, uma vez que eles aumentam os impulsos nervosos e, com isso, prolonga o tempo da convulsão. Sendo assim, cubra os olhos do cachorro com um pano preto, faça silêncio e só toque nele se for para mudá-lo de lugar.

Quando os movimentos cessarem, busque tranquilizar o animal. Converse com ele, para que a sua consciência retorne o mais rápido possível. Não fique agitado e nem faça movimento bruscos, uma vez que o pet pode não lhe reconhecer e por isso lhe atacar se sentir ameaçado. Esses são alguns cuidados que o tutor deve ter, mas quando finalizar a convulsão é necessário levar o cão para o veterinário e assim tentar descobrir quais são as causas e qual deve ser o tratamento escolhido.

Sobre o autor

Jornalista (MTB-PE: 6750), formada em Comunicação Social com Habilitação em Jornalismo, pela UniFavip-DeVry, escreve artigos para os mais diversos veículos. Produz um conteúdo original, é atualizada com as noções de SEO e tem versatilidade na produção dos textos.